segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Agendar Downloads

Agendar downloads pelo terminal do Linux
Ferramentas necessárias: cron e wget

Quem conhece as ferramentas cron e wget, provavelmente já pensou ou fez isso que eu vou mostrar. Mas quem não conhece fica aí uma forma de conhecê-los, brevemente.

Recentemente eu precisei fazer 24 downloads de episódios de uma série. Das formas que eu encontrei a mais viável era baixar de um por um no megaupload. Cada episódio com 350MB, apesar de a net ser boa, seria uma tarefa no mínimo trabalhosa.

Pensei: vou pegar todos os links e adicionar no crontab com o wget.

Primeiro breve explicação sobre o que é crontab.

crontab
Existe um arquivo /etc/crontab que serve para agendar tarefas de administração do sistema, para todo o sistema ou apenas um usuário normal. Entretanto, no nosso caso, não se faz obrigatório editar esse arquivo. Por isso, não vou entrar em muito detalhes, já que esse não é objetivo dessa dica.

Saiba que a edição abaixo mostrada também serve para este arquivo. Mesmo assim eu acredito que você deva estudá-lo.

wget
O comando wget trabalha em segundo plano e pode ser usado para configurar e executar um download sem que o usuário tenha que permanecer conectado. Isso é, você pode começar um download, interromper e continuar mais tarde. Para isso use a opção "c", sem aspas.

Chega de enrolação e vamos ao que interessa.

No terminal, como usuário normal mesmo, digite:

$ crontab -e

Na primeira vez que você digitar isso vai aparecer um menu para que seja escolhido seu editor de texto preferido. Eu particularmente prefiro o vim, então vou de vim mesmo.

Depois de escolhido você vai ver uma linha assim:

# m h dom mon dow command

Onde:

* m = minutos (0 - 59)
* h = horas (0 - 23)
* dom = dia do mês (1 - 31)
* mon = mês (1 - 12)
* dow = dia da semana (0 - 6, sendo 0 igual a sábado, 1 igual a domingo, 6 igual a sexta)
* command = comando


Pronto, explicado isso vamos editar.

No comando, digite suas opções de horário.

# minuto...hora..."dia mês"...mês..."dia semana"... comando
36 3 31 1 2 wget -c http://www617.megaupload.com/files/6d686852898c309bf6b7eae2917d32a6/LOST.s02E08.dual.audio%5Bwww.Bestuniom.Net%5D%20By%20Tyrdall.avi

Aqui temos a seguinte situação:

No minuto 36, às 3 horas da manhã do dia 31 do mês de janeiro, uma segunda feira, eu quero que o "wget -c" baixe o arquivo do endereço http://www617.megaupload.com/files/6d686852898c309bf6b7eae2917d32a6/LOST.s02E08.dual.audio%5Bwww.Bestuniom.Net%5D%20By%20Tyrdall.avi.

Um problema que você pode ver, nessa dica não tem nada que armazene o momento do fim do download, o que poderia ser usado como uma variável, ou algo assim. Já que sabemos que esses servidores, quando não se tem conta, o limite fica restrito a um download por vez.

Fica a pergunta: Quando começar o outro?

Eu também gostaria de uma forma. Mas como não tenho eu fiz o seguinte: editei para começar o novo download com o dobro do tempo que está marcando para o seu fim. Entendeu? Isso mesmo, comecei um download e na janelinha do Firefox aparece que o download vai terminar em 30 minutos, coloquei no comando para começar com um hora depois do outro. Não é forma mais correta, mas no momento é a mais viável.

Sendo assim edite a próxima linha com o tempo que você acha que vai ser suficiente e coloque quantas linha achar que pode.

Obs.: Usei aqui links do megaupload. Aquele link que já está pronto, depois da contagem dos 45 segundos.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Google Chrome no Slackware

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Eu ainda não sei qual é melhor Google Chrome ou Firefox, enquanto não me decido vou usando os dois.
Como o Firefox já vem instalado no meu Slack XFCE, só falta instalar o Chrome.
Seguem abaixo os links:

Google Chrome

gconf

orbit2

mozilla-nss-3


Pronto baixei todos agora dentro da pasta onde eles se encontram vou digitar, como root, o seguinte comando:
#installpkg *

Aproveite.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Descompactadores GNU/Linux

É muito simples executar descompactação pelo modo gráfico. Mas e se estivermos no terminal vamos sair só para descompactar um arquivo? Acho que não, né?
Vou colocar alguns descompactadores mais usados no Linux.

Para arquivos .tar.gz use:

tar -vzxf arquivo.tar.gz

Para arquivos .tar.gz2:

tar -jxvf arquivo.tar.bz2

Para arquivos .zip:

gunzip arquivo.zip

Para arquivos .rar:

unrar x arquivo.rar

Para arquivos tar:

tar -xvf arquivo.tar

Para arquivos tar.bz2:

tar -jxvf arquivo.tar.bz2

Preguiça estou fora. Eu gosto é de teclar. :)

Wireless no Slackware

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Vou contar, neste post, a experiência que eu tive para configurar a rede wireless no meu Slack.
A primeira coisa a fazer é saber se sua placa Wireless é compatível com o Linux.
A minha é uma Edimax, com chipset Ralink. Veja a saída do comando:
$lsusb
Bus 001 Device 004: ID 148f:2573 Ralink Technology, Corp. RT2501USB Wireless Adapter

Esta é minha placa na visão do Linux.
Se saiu alguma informação sobre a placa é porque o sistema reconhece, não vou precisar baixar driver.

Vamos agora instalar um Network Manager(Gerenciador de Conexões). Como instalar algo se você ainda não está conectado?
Isso foi a salvação da lavoura. No DVD com o Slack tem uma pasta chamada extras e nela tem o ótimo Network Manager, conhecido com wicd.
Basta entrar na pasta digitar, como root, o seguinte comando:

#installpkg wicd-1.6.2.1-i486-1.txz

Após este, execute esse outro:

#chmod +x /etc/rc.d/rc.wicd


e mais esse:

#/etc/rc.d/rc.wicd start

Depois desses três comando seu wicd deve ser instalado normalmente.
A minha instalação ocorreu sem problemas, mas ao abrir o wicd recebi a mensagem:

Unable to contact the Wicd daemon due to an access denied error from DBus. Please check that your user is in the netdev group.

Perceba que ela faz uma alerta: Você não faz parte do grupo netdev.

E agora como fazer parte do seleto grupo? =)
É simples caro colega, digite:

$ egrep netdev.*seu_usuario /etc/group

Nunca é demais falar para no lugar de seu_usuario você deve trocar pelo seu login.

Feito isso, você não deve receber nenhuma resposta.
Então digite mais esse:

#gpasswd -a seu_usuario netdev (preste atenção esse tem que ser como root)
Observe também que para cada novo usuário cadastrado no sistema, você deverá adicioná-lo ao grupo netdev.
Ok? Vamos em frente.

Reinicie o computador.

Pronto reinciou o sistema e conectou perfeitamente. Ótimo!
Mas se você não teve tanta sorte e recebeu isso aqui de "presente":

Connection Failed: Unable to Get IP Address

Faça isso:
# iwconfig wlan0 essid "Essid da sua rede" (vai obter o essid com o comando #iwlist wlan0 scan)
e por último:

# dhclient wlan0

Para conectar automaticamente ao ligar o computador você deverá inserir, no arquivo /etc/rc.d/rc.local, esses comandos:

iwconfig wlan0 essid "Essid da sua rede"

dhclient wlan0



Se tudo ocorreu bem, você já pode se conectar.
Espero que minha experiência possa ser útil de alguma forma.
Até o próximo. E acho que vai bem rápido já que vou aprender muito com o Slackware.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

md5

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Essa é uma ferramente muito importante para testar distribuições baixadas em formato .iso.
Obs: Não só para distribuições. Pode ser usado para todo tipo de imagem .iso, arquivos tar.gz, tar.bz2, dentre outras opções.
Ao baixar um arquivo grande, é possível haver um comprometimento dessa imagem. Essa perda de dados pode ser verificada com o seguinte comando:
osiel@kubuntu:~/distros$ md5sum arquivo.iso

Ao executar esse comando você receberá um código, esse processo pode demorar um pouco dependendo do processamento da sua máquina.
osiel@kubuntu:~/distros$ md5sum slackware-13.1-install-d1.iso
477504f499ab6c4cc08485ddb2084b81 slackware-13.1-install-d1.iso

Esse código"477504f499ab6c4cc08485ddb2084b81" deve ser comparado com o arquivo .md5 que veio junto do seu download. Se não vier arquivo .md5 olhe no site onde foi feito o download.
osiel@kubuntu:~/distros$ cat slackware-13.1-install-d1.iso.md5
477504f499ab6c4cc08485ddb2084b81 slackware-13.1-install-d1.iso

Se os dois arquivos estiverem no mesmo diretório, basta usar o comando md5sum com a opção -c que ele retornará se a imagem está apta ou não para uso.
osiel@kubuntu:~/distros$ ls
slackware-12.0-install-d1.iso slackware-13.1-install-d1.iso.md5

osiel@kubuntu:~/distros$ md5sum -c slackware-13.1-install-d1.iso.md5
slackware-13.1-install.iso: A soma coincide

Neste caso você pode ver que os códigos são compatíveis. Pode gravar sem medo e testar seu Linux.
Se os códigos não combinarem significa que sua imagem está corrompida e você terá que fazer o download novamente.
Não é viável gravar imagens comprometidas, pois no meio da instalação você vai receber uma mensagem alertando da falta de pacotes e sua instalação não vai ser completa isso se não for cancelada na mesma hora.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

E o seu HD, como vai?

Ferramenta smartmontools



Este pacote está disponível na maioria das distribuições e tem como principal função, testar o seu HD.
Caso não tenha a ferramenta no seu GNU/Linux, instale-o assim. Isso é claro se o seu Linux for um Debian-like.

osiel@kubuntu:~$ sudo apt-get install smartmontools
Lendo listas de pacotes... Pronto
Construindo árvore de dependências
Lendo informação de estado... Pronto
Os pacotes extra a seguir serão instalados:
bsd-mailx mailx postfix
Pacotes sugeridos:
procmail postfix-mysql postfix-pgsql postfix-ldap postfix-pcre sasl2-bin resolvconf postfix-cdb
Os NOVOS pacotes a seguir serão instalados:
bsd-mailx mailx postfix smartmontools
0 pacotes atualizados, 4 pacotes novos instalados, 0 a serem removidos e 2 não atualizados.
É preciso baixar 1718kB de arquivos.
Depois desta operação, 4170kB adicionais de espaço em disco serão usados.
Você quer continuar [S/n]? S

Pronto o apt-get vai concluir a instalação, depois disso é só começar a usar a ferramenta de teste.

Na maioria das vezes você vai usar o utilitário smartctl seguido se suas opções.
Ex:
osiel@kubuntu:~$ sudo smartctl -i /dev/sda
smartctl version 5.38 [i686-pc-linux-gnu] Copyright (C) 2002-8 Bruce Allen
Home page is http://smartmontools.sourceforge.net/

=== START OF INFORMATION SECTION ===
Device Model: SAMSUNG HD502HI
Serial Number: S1ZVJ60Z405855
Firmware Version: 1AG01118
User Capacity: 500,107,862,016 bytes
Device is: In smartctl database [for details use: -P show]
ATA Version is: 8
ATA Standard is: ATA-8-ACS revision 3b
Local Time is: Tue Jan 18 02:09:08 2011 BRST

==> WARNING: May need -F samsung or -F samsung2 enabled; see manual for details.

SMART support is: Available - device has SMART capability.
SMART support is: Enabled

Vemos aqui informações sobre o HD. Fabricante, capacidade, etc.

Se você receber uma mensagem dizendo que o smartctl não está suportado pelo drive, basta executar:

# smartctl -s on /dev/sda

Com o parâmetro -t short, nós temos um diagnóstico rápido sobre a saúde do HD
osiel@kubuntu:~$ sudo smartctl -t short /dev/sda
smartctl version 5.38 [i686-pc-linux-gnu] Copyright (C) 2002-8 Bruce Allen
Home page is http://smartmontools.sourceforge.net/

=== START OF OFFLINE IMMEDIATE AND SELF-TEST SECTION ===
Sending command: "Execute SMART Short self-test routine immediately in off-line mode".
Drive command "Execute SMART Short self-test routine immediately in off-line mode" successful.
Testing has begun.
Please wait 2 minutes for test to complete.
Test will complete after Tue Jan 18 02:14:24 2011

Use smartctl -X to abort test.

O próximo comando é o:
#smartctl -l selftest /dev/sda
Como a própria opção já deixa implícito, a ferramente fará um auto-teste e será satisfatório se exibir como resultado a informação:
Completed without error

Para os masoquistas existe a opção de teste longo(que dura cerca de uma hora) usnado o parâmetro -t long.

#smartctl -H /dev/sda
Com este comando nós teremos uma informação rápido sobre a saúde do HD.
osiel@kubuntu:~$ sudo smartctl -H /dev/sdb
smartctl version 5.38 [i686-pc-linux-gnu] Copyright (C) 2002-8 Bruce Allen
Home page is http://smartmontools.sourceforge.net/

=== START OF READ SMART DATA SECTION ===
SMART overall-health self-assessment test result: PASSED

A informação "PASSED" assegura que não tem nenhum erro no HD. Ao contrário se aparecesse FAILING, você deveria acender a luz amarela, seu HD pode está indo para o "brejo".

Usando a opção "A" no lugar da dita anteriormente, você terá todos os atributos suportados pelo HD.
Na lista que será mostrada você deve atentar para a coluna Type.
Old_age, significa que o HD está no final de sua vida útil, mas não pode ser considerado um problema. Já a Pre_Fail, é mas grave, indica que seu HD está com sérios problemas.
Na coluna WHEN_FAILED, que é a mais importante, será mostrada o status de cada opção. Para o um HD saudável, não deve haver nada nesta coluna, isso indica que seu HD nunca apresentou erros.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dicas:

$recordmydesktop
Grave vídeos da sua área de trabalho com o programa recordmydesktop.


# infconfig wlan2 hw ether xx:xx:xx:xx:xx
Altere seu Mac Adress.
Onde tem xx:xx:xx:xx:xx, substitua pelo MAC desejado.
Ps. Use de maneira lícita.



Converta de .flv pra .avi com o ffmpeg
$ ffmpeg -i arquivo.flv novo-arquivo.avi



Ferramenta para criar um pendrive de boot.
UnetBootin
ou instale:
$sudo apt-get install unetbootin



Lista pacotes instalados no GNU/Linux
Para listar pacotes instalados você pode usar o Synaptic, mas se for como eu e prefere usar comando, lá vai:
$dpkg --get-selections > pacotes_instalados.txt

Note que o comando $dpkg --get-selections, vai listar os pacotes e o > vai concatenar em um arquivo .txt, neste caso:
pacotes_instalados.txt

Assim será criado um arquivo com a resposta do comando.
Existem outras opções:
# dpkg -l
e esta:
$wajig list-installed

$wajig list-installed > pacotes-instalados.txt


locate
O comando locate serve para procurar arquivos no disco. Ele é uma espécie de banco de dados que contém a localização dos arquivos do sistema. É bom fazer uma atualização frequente.
Primeiro execute, como root:
#updatedb

Depois é só procurar o arquivo.
$locate menu.lst
/boot/grub/menu.lst
/boot/grub/menu.lst~
/usr/share/doc/grub/examples/menu.lst
/usr/share/doc/memtest86+/examples/grub-menu.lst
/var/lib/ucf/cache/:var:run:grub:menu.lst



Backup Favoritos do Firefox

Com o firefox aberto:
Clique em favoritos;
Depois em organizar favoritos;
Agora em Importar e Backup;
Próximo passo é clicar em Exportar HTML;
Salve o arquivo .html

Para adicioná-lo ao novo firefox faço o mesmo procedimento, mas em vez de exportar HTML, escolha importar e selecione o arquivo salvo.

Inserindo uma imagem no Grub

.

Eu já havia feito um artigo sobre como inserir uma imagem no Grub 2, mas é fato este grub não agradou muito as pessoas. Por isso vou publicar um sobre o grub.
Na minha opinião este processo é bem mais trabalhoso e a qualidade não é tão boa quanto do Grub 2. Mas mesmo assim vamos lá.
Como você pode perceber vamos precisar de uma imagem. Eu aconselho a escolher uma imagem simples sem muitas cores. Existem imagens bonitas com poucas cores. :)
Depois de escolhida a imagem vamos renomeá-la.

$ mv imagem.png grub-splash.png

Agora é preciso converter a imagem, alterar a resolução, diminuir o número de cores e compactá-la. Segue na próxima linha o comando para fazê-los.

$ convert -resize 640x480 -colors 14 grub-splash.png grub-splash.xpm && gzip grub-splash.xpm

Obs: Para executar este comando você deve ter instalado no seu sistema o pacote imagemagick.
# apt-get install imagemagick

Feito isso, precisamos mudar o endereço de localização da imagem(.xpm.gz).

# mv grub-splash.xpm.gz /boot/grub/

Nosso próximo passo é editar o arquivo menu.lst presente na pasta /boot/grub. Seria bom você fazer um backup deste arquivo, caso estrague-o é só recolocá-lo no local novamente.

# cp /boot/grub/menu.lst /boot/grub/menu2.lst

Edite com seu editor preferido. Eu particulamente gosto do vim.

# vim /boot/grub/menu.lst

Insira esta linha no arquivo.
splashimage (hdx,y)/boot/grub/grub-splash.xpm.gz

Ex:
# Pretty colours
#color cyan/blue white/blue


splashimage (hd1,1)/boot/grub/grub-splash.xpm.gz


## password ['--md5'] passwd
# If used in the first section of a menu file, disable all interactive editing
# control (menu entry editor and command-line) and entries protected by the
# command 'lock'
# e.g. password topsecret
# password --md5 $1$gLhU0/$aW78kHK1QfV3P2b2znUoe/
# password topsecret



Lembrando que (hdx,y) representa a partição onde seu sistema está instalado.
Caso tenha dúvida quanto a isso no momento da inicialização do Grub ele mostra esta informação.

Obs: Você sempre vai usar hd*, mesmo que seu HD seja SATA ou SCSI.

Após editar, salve o arquivo e execute os comandos abaixo.

# grub-install /dev/hda
# update-grub


Pronto, basta reiniciar o seu GNU/Linux.

# shutdown -r 0

Feito.
Boa Sorte!
Eu prefiro o Grub2 a qualidade da imagem fica melhor.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Recuperação do Grub

.
Este post é para você (pobre coitado que ainda usa Windows em casa) que precisou instalar o Windows depois do Linux e viu seu Grub ir embora.
São apenas três comandos que vão trazer o sorriso de volta à sua face.


1. Primeiro vamos ver em qual partição está instalado o seu Linux.

$ sudo fdisk -l

Esta é a saída do comando.
osiel@kubuntu:~$ sudo fdisk -l
[sudo] password for osiel:

Disco /dev/sda: 500.1 GB, 500107862016 bytes
255 heads, 63 sectors/track, 60801 cylinders
Unidades = cilindros de 16065 * 512 = 8225280 bytes
Identificador do disco: 0x000404a4

Dispositivo Boot Início Fim Blocos Id Sistema
/dev/sda1 1 124 995998+ 82 Linux swap / Solaris
/dev/sda2 * 125 1369 10000462+ 83 Linux
/dev/sda3 1370 18678 139034542+ 83 Linux
/dev/sda4 18679 60801 338352967 f Win95 (LBA) Partição Extendida
/dev/sda5 18679 60801 338352966 7 HPFS ou NTFS

Disco /dev/sdb: 41.1 GB, 41110142976 bytes
255 heads, 63 sectors/track, 4998 cylinders
Unidades = cilindros de 16065 * 512 = 8225280 bytes
Identificador do disco: 0x00065f1c

Dispositivo Boot Início Fim Blocos Id Sistema
/dev/sdb1 * 1 125 999424 82 Linux swap / Solaris
A partição 1 não termina no limite do cilindro.
/dev/sdb2 125 4998 39144449 5 Estendida
/dev/sdb5 125 1351 9847808 83 Linux
/dev/sdb6 1351 4998 29295616 83 Linux

No meu caso, tem dois hds no sistema, mas vamos atentar apenas para o de 500GB.
Neste caso o Linux está instalado na partição /dev/sda2.
Se ficar dúvida digite o comando df -h, e veja onde fica demarcada a "/"(raiz) do sistema.



2. Vamos montar o seu sistema de arquivos na sua partição GNU/Linux no diretório /mnt.

$ sudo mount -t ext4 /dev/sda2 /mnt

Repare que o sistema de arquivos é EXT4 e a partição Linux é a sda2.
Mude os campos conforme a sua configuração.

E agora o último comando.


3. Instalação do Grub:


$ sudo grub-install --root-directory=/mnt /dev/sda

Reinicie o seu micro. Se tudo estiver ocorrido bem, você terá seu grub de volta.
Espero que ajude.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Montando partições

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Recentemente instalei o Xubuntu em um HD de 40 GB SCSI, que tenho junto com um SATA de 500 GB, neste instalado o Kubuntu.
O Kubuntu já estava todo configurado reconhecendo todas as partições do HD. O que o diferenciava do Xubuntu.
No Xubuntu eu nem via o HD sata, não tinha acesso ao comando blkid. Então minha alternativa foi voltar ao Kubuntu e executar os comandos:
$ blkid
$ls -lah /dev/disk/by-uuid
Para pegar as informações necessárias (UUID, partições montadas e sistema de arquivos)
Eu precisava montar duas partições do HD de 500 GB, no Xubuntu e eu precisava vê-las através do sistema do ratão. Então com os comandos, mostrados acima, eu obtive o seguinte resultado:





Veja que o blkid já é suficiente, mas já houve situações em que ele não mostrou todas as partições.

De posse desses resultados o próximo passo é editar o arquivo /etc/fstab, lembre-se tem que ser root para fazê-lo.





Como eu havia falado quero montar as duas partições “part” e “part2“. Com uma breve olhada na imagem percebe-se que elas encontram-se nas duas últimas linhas.
Vamos agora colocar mãos na massa.
Na primeira parte da penúltima linha nós vemos a UUID da partição “part” ela é uma espécie de impressão digital da partição. Ela foi obtida com os comandos acima digitados.
Na próxima parte é editado o ponto de montagem. No Kubuntu ela está montada em
/media/part.
Vamos agora para sistema de arquivos, neste caso eu estou usando, não me pergunte porque, NTFS.
Na quarta parte da linha vamos deixar com defaults mesmo. Este artigo não tem o propósito de explicar o que é fstab. Com certeza em uma próxima ocasião.
Na última linha escreva dois zeros. (0 0).

Proceda da mesma forma na outra linha para a partição “part2“.

Feito isso vamos criar os diretórios no /media.
Digite no terminal:
$sudo mkdir part part2
Depois disso execute o comando mount.
$sudo mount -a

Feito dessa forma suas partições do outro HD devem estar montadas neste com o novo sistema.
Espero que seja útil.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Estrutura de diretórios

Estrutura de diretórios

É importante que se conheça a utilização dos diretórios do Linux para podermos administrar nossos sistemas de forma correta. A instalação de arquivos ou programas em locais diferentes do padrão pode resultar em funcionamento incorreto ou não funcionamento do seu sistema.
A estrutura dos sistemas de arquivos UNIX prevê um agrupamento de acordo com o propósito. Os comandos ficam em local /bin , enquanto os arquivos de configuração ficam em outro /etc enquanto os dados pessoais ficam em /home.
O sistema de arquivos raiz / deve geralmente ser pequeno, pois ele contém somente os arquivos fundamentais para a inicialização e funcionamento do sistema. Esse sistema sendo pequeno e pouco modificado tem a uma chance maior de não ter problemas.
No diretório / (raiz) via de regra só contém diretórios, mas em algumas distros pode haver a imagem de inicialização do sistema chamada vmlinuz. (Isso mesmo com z).
Além deste teremos, variando ainda de distro para distro, os seguintes diretórios:

/bin
Comandos necessários durante a inicialização do sistema que podem ser usados pelos usuários (root ou não)
Ex:
cat, chmod, cut, date, ls, gunzip, gzip, tar, hostname, netstat, ping, além de outros.

/boot
Aqui ficam os arquivos destinados à inicialização do computador, o kernel (vmlinuz) e módulos (initrd) necessários à carga da máquina. Em geral este diretório é alocado em uma partição exclusiva para este fim com tamanho variando em 32 e 100MB.

/dev
Todos os dispositivos de hardware instalados no seu computador precisam de arquivos especiais que mapeiam a sua existência neste diretório.
-, hda, video0, cdrom, dvd...


/etc
Todas as configurações utilizadas pelo seu equipamento e seus serviços normalmente são armazenas neste diretório.
Arquivos importantes:
fstab
/apt/sources.list
e outros.

/home
Neste diretório ficam armazenadas as “tralhas” dos usuários. Devem ser criados diretórios para cada usuário que terá o mesmo nome de seu login. Uma boa prática é separar esta partição, para em futuras formatações seus dados ficarem salvos.

/lib

Bibliotecas dinâmicas compartilhadas, necessárias ao funcionamento básico de quase todas as aplicações Linux, além dos módulos do kernel.

/mnt
Utilizada para acessar mídias externas como cd's, dvd's, pendrives. Em algumas distribuições como as Debian-like este diretório poderá ser /media.

/opt

Este arquivo armazena programas de terceiros e que normalmente não fazem parte das distribuições Linux, ex:
Google Chrome, talkplugin

/proc

Diretório utilizado para acessar o sistema de arquivos virtual com informações do estado de processamento de sua máquina. Os arquivos aqui não estão fisicamente em seu hd, mas sim em áreas protegidas da memória, sendo alguns destes arquivos podem ser alterados de forma a modificar o funcionamento de seu sistema Linux.
Ex:
cpuinfo: traz informações sobre o processador;
meminfo: informações da sua memória RAM.
ioports: identificação das portas io em uso no seu equipamento.

/root

Diretório pessoal do root. Assim como o /etc não deve ser colocado em partição separada.


/sbin
Arquivos executáveis destinados à inicialização do equipamento bem como para administração, acrescentando funcionamento aos aplicativos existentes em /bin.
ifconfig: configuração das interfaces de redes;
shutdown: desligamento do sistema;
route: definição de rotas:

/sys
Assim como /proc é um diretório virtual que tende a substitui-lo provendo novos recursos e funcionalidades.

/tmp
Arquivos temporários criados por aplicativos iniciados por qualquer usuário ou por serviços disponíveis no equipamento. Normalmente este arquivos são removidos automaticamente ao término da aplicação porém, caso algum arquivo não seja removido, apenas o usuário criados ou root poderão fazê-lo.
Ex. Imagem de gravação de mídia feitas com o K3b.

/usr
Estrutura secundária de diretórios replicando toda a estrutura original. Inicialmente foi utilizada como local de instalação para programas que não faziam parte da distribuição original. A intenção para a sua criação é que qualquer novo aplicativo ou serviço que seja instalado não cause conflito com os recursos existentes, podendo ser facilmente removidos sem afetar a estrutura original.

/var
Dados variáveis resultantes de aplicativos em uso como cache de instalação de programas ou de acesso à internet, arquivos de controle de processos em memória como em /var/run/pid